Na altura da glaciação, uma raça de cavalo ibérico conseguiu escapar a esta catástrofe,
O cavalo Lusitano é o descendente direto deste cavalo Ibérico, antepassado de todos os cavalos que estiveram na base da equitação em todo o mundo.
Este cavalo Ibérico terá, segundo tudo hoje leva a crer, viajado para oriente até ao Norte de África e Ásia Menor e daí até à China do 1.º Imperador.
Graças ao isolamento desta zona da Europa, aqui sobreviveu e evoluiu desde há cerca de quinze mil anos este cavalo extraordinário quase completamente livre de influências estranhas até há bem pouco tempo.
O cavalo andaluz, é também descendente desta raça, mas por motivos diversos as características deste efetivo originário da região andaluza e de Portugal afastaram-se, mantendo-se este último mais próximo do cavalo ibérico original.
Este cavalo Ibérico expandiu-se depois por toda a Europa, Ásia e Norte de África e nos séc. XIX e XX sofreu diversas infusões de sangues de outras raças, em consequência das necessidades de maior força de tração. Passados duzentos anos este cavalo ficou sem a sua ligeireza e ganhou maior dimensão e peso.
Se hoje chegámos onde chegámos, com cavalos maiores e melhores, foi graças à ação inteligente dos criadores e à base de uma genética fortíssima que quinze mil anos de seleção não deixaram destruir por duzentos anos de perturbação, tirando, ao contrário, partido destas influências e chegando hoje à produção de cavalos de maior dimensão e de qualidade de andamentos, capazes de ombrear com todas as raças especializadas, em quase todas as modalidades do desporto equestre moderno.
Portugal entre 1974 e 1975 atravessou um período revolucionário durante o qual muita coisa foi posta em questão. Uma “reforma agrária”, que levou à ocupação de terras em todo o Ribatejo e Alentejo, quase levou à extinção do cavalo Lusitano. Devido à união de muitos que se preocuparam com a sobrevivência da raça, esta reforma chegou ao fim.
As quatro grandes famílias que continuam a criar o cavalo Lusitano são:
- Alter, com a Coudelaria Alter Real.
- Fundação Eugénio de Almeida e a Casa Cadaval.
- Coudelaria Nacional.
- Grupo Veiga, com as Coudelarias Veiga, Coimbra Núncio.
Sem comentários:
Enviar um comentário